"Obrigada Senhor, por tantas oportunidades e momentos valiosos vividos nesse caminho repleto de músicas e danças. E que prevaleça esse sentimento quentinho no peito e essa certeza inabalável de que tudo vale a pena. Pois, por mais que tente, já não consigo dividir a dança de mim!" Renata Lobo
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Para refletir!
Não se deixe hipnotizar, mistificar, enganar, pelas repetidas afirmações acerca das maravilhas do "método científico". Ele é muito importante. Sem anzóis não há peixes. Cuidado, entretanto, com a arrogância do pescador que, com um peixinho na mão, pretende haver desvendado o mistério da lagoa escura.
Rubem Alves
domingo, 27 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
RECOMENDADÍSSIMO
Não espere um livro simples e rápido de ser lido: ele é para ser deliciado palavra por palavra. Feche-o quando não aguentar mais. Leia durante um tempo e depois guarde-o na prateleira, abra algo leve e depois volte para ele. Não sinta-se intimidado a terminá-lo logo, pois essa lentidão em sua leitura, essa apreciação dos fatos, é o que torna ainda mais cativante e reflexivo.
Pequena Abelha é um livro sobre escolhas brutais que mudam o curso da vida. É sobre realidades que se chocam e pessoas que não se parecem. Acima de tudo, é um livro onde as diferenças sociais, étnicas e culturais mostram suas garras, trazendo, através de duas personagens distintas, pontos de vistas diferentes sobre uma mesma cultura e uma mesma história. O psicológico dos personagens é explorado. Um novo olhar sobre o que consideramos banal é trazido por uma das personagens.
Existe algo indescritível em Pequena Abelha. Algo que só pode ser compreendido quando ele é aberto e apreciado, palavra por palavra. Com certeza, um dos melhores livros que li no ano. Mas não acho que seja um livro que todos vão apreciar. Mas, se você quer se arriscar, vá preparado para uma história com tons trágicos, dolorosa. Mas não se esqueça que essas páginas guardam uma preciosidade, prestes a ser revelada para aqueles que se aventurarem por suas páginas. Em duas palavras? Dolorosamente fantástico.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
A idade de ser feliz!!
"Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se "PRESENTE" e tem a duração do instante que passa!"
Mário Quintana
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Com qual vestido eu vou?
"O quinto planeta era muito curioso. Era o menor de todos. Tinha o espaço suficiente para um lampião e para um acendedor de lampiões... O Pequeno Príncipe não conseguia entender para que serviriam, no céu, num planeta sem casa e sem gente, um lampião e o acendedor de lampiões. No entanto, disse consigo mesmo :
Talvez esse homem seja mesmo um tolo.
No entanto, é menos tolo que o rei, que o vaidoso, que o empresário que o beberrão.
Seu trabalho ao menos tem um sentido.
Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, ou uma flor.
Quando o apaga, porém, faz adormecer a estrela ou a flor. É um belo trabalho.
E, sendo belo, tem sua utilidade.”
'Esse aí', pensou o principezinho, ao prosseguir a viagem para mais longe, 'esse aí seria desprezado por todos os outros, o rei, o vaidoso, o beberrão, o empresário.
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No entanto, é o único que não me parece ridículo.
Talvez porque é o único que se ocupa de outra coisa que não seja ele próprio.'
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O Teatro Mágico!
"Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete, a cena se inverte
Enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado, a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..
Composição: Fernando Anitelli
Continue...não pare...
..nem por um segundo!
Corre, corre, corre.
quando quer, passa devagar até demais, mas não pare!
muda, tudo ao redor, o vento, o tempo e tira também o que deve tirar,
Corre, corre, corre.
quando quer, passa devagar até demais, mas não pare!
muda, tudo ao redor, o vento, o tempo e tira também o que deve tirar,
mas coloca o que deve ficar.
o tempo faz com que tudo seja como ondas, umas grandes, outras pequenas mas tudo junto,
o tempo faz com que tudo seja como ondas, umas grandes, outras pequenas mas tudo junto,
seja qual o tamanho,
tudo acontece de uma vez só.
J. Sabattini
terça-feira, 22 de novembro de 2011
TEMPOS MODERNOS?!!!
"Nem se discute: discrição é uma qualidade rara.
Gente que não fala muito de si mesmo e que não conta vantagem é um luxo.
Nada como uma vida low profile, com direito a sorrisos enigmáticos e silêncios providenciais."
Martha Medeiros!!!
A amizade por Martha Medeiros
Todas as relações do mundo possuem sua prateleira de cristais. Há sempre um suspense, uma delicadeza ao transitar pela fragilidade do outro. Melhor não falar muito alto, é mais prudente ir devagar e com cuidado. Para não estragar, pra não quebrar, pra durar por muitos séculos."
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Give me that, that I get
Give me now, baby, all I want
Glory! I love to get sweety things
Now, I'm fine it's like before
Please, come home to my arms
Guide my dreams with your love
Kissing my lips so tenderly
Teaching you to live with me
I am so happy 'cause you are in my bed
I don't want to kiss your lips, a derby thrown
You really need me I know, don't hide away your love
Give me I want it like day before, like before
Give me that, that I get
Give me now, baby, all I want
Glory! I love to get sweety things
Now, I'm fine it's like before so
Cha-la-la (sha-la-la)…
I am so happy 'cause you are in my bed
I don't want to kiss your lips, a derby thrown
You really need me I know, don't hide away your love
Give me I want it like day before, like before
Give me that, that I get
Give me now, baby, all I want
Coming our sweety things
Now, I'm fine it's like before
Cha-la-la (sha-la-la)…
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
É preciso estar sempre embriagado. Isso é tudo: é a única questão.
Mas de que? De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser. Mas embriague-se.
E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão: "É hora de embriagar-se! Para não ser o escravo mártir do Tempo, embriague-se; embriague-se sem parar!
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser".
CHARLES BAUDELAIRE (tradução- Jorge Pontual)
Reconciliar-se com a vida...sempre...
Decida-se pela paz dentro de você
não apenas com imagens no espelho
ou com todos os avatares fake
Reconcilie-se com seu presente
deixe o passado no ermo
e aperte a mão de quem não é idêntico
Não se entregue às pretensões, mas à mudança
palmilhe o canto que foi sufocado no exílio
desate o nó que amarra a vivência
componha a linguagem que se contrapõe ao ruído
e avance apenas com o corpo escasso
o trêmulo andar, as pétalas ao vento
Importa que diga sim ao convite que faço
armado apenas da vontade de resgatar
o que perdemos para sempre
Somos um navio que recuperou o impulso
e com velas a pleno nos dirigimos
ao cais onde enfim seremos de novo uma nação
E não se renda ao aparelhamento
partidário ou religioso do que pactamos aqui
Os sectários que cumpram seu destino
e permaneçam à parte.
Pois nós, proprietários do nosso coração,
temos algo maior a cumprir
antes que decretem para hoje o fim dos tempos
(fragmentos Reconcilação - Nei Duclós )
não apenas com imagens no espelho
ou com todos os avatares fake
Reconcilie-se com seu presente
deixe o passado no ermo
e aperte a mão de quem não é idêntico
Não se entregue às pretensões, mas à mudança
palmilhe o canto que foi sufocado no exílio
desate o nó que amarra a vivência
componha a linguagem que se contrapõe ao ruído
e avance apenas com o corpo escasso
o trêmulo andar, as pétalas ao vento
Importa que diga sim ao convite que faço
armado apenas da vontade de resgatar
o que perdemos para sempre
Somos um navio que recuperou o impulso
e com velas a pleno nos dirigimos
ao cais onde enfim seremos de novo uma nação
E não se renda ao aparelhamento
partidário ou religioso do que pactamos aqui
Os sectários que cumpram seu destino
e permaneçam à parte.
Pois nós, proprietários do nosso coração,
temos algo maior a cumprir
antes que decretem para hoje o fim dos tempos
(fragmentos Reconcilação - Nei Duclós )
É vero!!
"Que a inspiração chegue não depende de mim.
A única coisa que posso fazer é garantir que ela me encontre trabalhando."
Pablo Picasso
Pablo Picasso
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Bom dia!!
DE VOLTA!!!!!
sábado, 12 de novembro de 2011
"Perguntais-me como me tornei louco.
Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou:
“É um louco!”
Olhei para cima, para vê-lo.
O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras.
E, como num transe, gritei:
“Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
“Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido,
pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós."
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
...detalhes me interessam....
Por que e por quem tantos milagres são feitos?
por mim, nada conheço que não sejam milagres.
quer caminhe pelas ruas de Manhattan,
ou olhe o céu por cima dos tetos das casas,
ou chapinhe de pés nus ao longo da praia, à beira d'água,
ou fique parado sob as árvores da floresta,
ou fale com quem amo, ou durma na cama com aquele dos meus sonhos,
ou me sente a mesa , ao jantar, com os outros,
ou pondo os olhos em estranhos viajando num carro em sentido contrário,
ou observando as abelhas em torno da colméia numa tarde de verão,
ou os animais pastando nos campos,
ou os pássaros ou a maravilha dos insetos no ar,
o espetáculo do sol no ocaso, ou as estrelas tão quietas e brilhantes no espaço infinito,
ou a esquisita, delicada e tênue curva da lua nova na primavera;
estes e o resto, um só e todos, são milagres para mim,
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Nelson Rodrigues!!!!
"Falam de tudo.
Da moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinzeis, chatices, mesmices, grandezas, feitos, espantos. Sobretudo falam do comportamento e falam porque supõem saber.
Mas não sabem, porque jamais foram capazes de sentir como o outro sente.
Se sentissem não falariam"
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
....a vida não pára não....
Paciência
LenineMesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...
A vida não para...
terça-feira, 8 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
É VERO!
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.
"Morre e transforma-te!" — dizia Goethe.
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.
Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...
"Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".
O texto acima foi extraído do jornal "Correio Popular", de Campinas (SP), onde o escritor mantém coluna bissemanal.
Rubem Alves
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