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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Poesia serve exatamente para a mesma coisa
que serve uma vaca no meio da calçada de uma agitada metrópole.
Para alterar o curso do seu andar, para interromper um hábito,
para evitar repetições, para provocar um estranhamento,
para alegrar o seu dia, para fazê-lo pensar, para resgatá-lo
do inferno que é viver todo santo dia sem nenhum assombro,

sem nenhum encantamento.


Martha Medeiros

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