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sexta-feira, 23 de março de 2012

Bom fim de semana!



ISTO É - O sr. visita mestres na Índia com freqüência. 
Há alguma parábola que o sr. aprendeu com eles que o ajude a agir?
ROBERTO SHINYASHIKI -
Quando era recém-formado em São Paulo, 
trabalhei em um hospital de pacientes terminais. 
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. 
A maior parte pega o médico pela camisa e diz: “Doutor, não me deixe morrer. 
Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz.” 
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. 
Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. 
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis. 
Uma história que aprendi na Índia me ensinou muito. 
O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. 
Conseguiu se pendurar em algumas raízes. 
O urso tentava pegá-lo. 
Embaixo, onças pulavam para agarrar seu pé. 
No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um arbusto com um morango. 
Ele pega o morango, admira sua beleza e o saboreia. 
Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. 
Mas é preciso comer os morangos.

Entrevista completa

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