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sábado, 2 de outubro de 2010

VALE A PENA LER!

FRAGMENTOS DE CAIO
Curitiba 2009-GRIFFE BELLYSTAR
"Não sou pra todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias." Caio Fernando Abreu

"Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio, nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim! Nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência!" Caio Fernando Abreu
"Aquele menino trazia na testa a marca inconfundível: pertencia àquela espécie de gente que mergulha nas coisas, às vezes sem saber por que, não sei se na esperança de decifrá-las, ou se apenas pelo prazer de mergulhar.
Essas são as escolhidas, as que vão ao fundo, ainda que fiquem por lá!"
Caio Fernado Abreu

OBRA-LUIS MARTINS
"É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado."Caio Fernando Abreu
E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrário: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda!"Caio Fernando Abreu
"...depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim, é cada vez mais essencial e verdadeiro"Caio Fernando Abreu
"Perdi um pedaço, tem tempo. E nem morri!"Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948 — Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi um jornalista e escritor brasileiro.Apontado como um dos expoentes de sua geração, sua obra, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, medo, morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".
Cursou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas abandonou ambos para escrever para revistas de entretenimento, como Nova, Manchete, Veja e Pop. Em 1968, foi perseguido pelo DOPS, e acabou se refugiando no sítio da escritora Hilda Hilst, em Campinas. No início dos anos 70, exilou-se por um ano na Europa, passando por países como Inglaterra, Suécia, França, Países Baixos e Espanha.Em 1983, mudou-se de Porto Alegre para o Rio de Janeiro e, em 1985, para São Paulo. Voltou à França em 1994 e retornou no mesmo ano, ao descobrir-se portador do vírus HIV. Faleceu dois anos depois, em Porto Alegre, onde voltara a viver novamente com seus pais e dedicando-se a tarefas como jardinagem, cuidando das roseiras. Ele faleceu no mesmo dia em que Mário de Andrade, 25 de fevereiro.
"Que bobagem falar que é nas grandes ocasiões que se conhece os amigos! Nas grandes ocasiões é que não faltam amigos. Principalmente neste Brasil de coração mole e escorrendo. E a compaixão, a piedade, a pena se confundem com amizade. Por isso tenho horror das grandes ocasiões. Prefiro as quartas-feiras!" Mário de Andrade


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