Mais ou menos como Sartre, sou fiel primeiro a duas coisas elementares: às minhas origens e à minha finalidade. Não as troco por nada, nem as traio nunca, posto que às minhas origens eu devo a minha história, e à minha finalidade, o meu prazer.
Quando leio Sartre, respeitando sua literatura e sua ética, e entendendo a sua filosofia, eu me descubro existencialista. E concluo que não devo abdicar da minha liberdade, jamais. Quem abdica da sua liberdade, comete dupla traição: deixa de ser fiel ao seu destino — ao seu projeto de vida — e deixa também de ser fiel à própria origem. Quem despreza a Liberdade é um traidor. Mas "ser livre" não significa "obter sempre o que se quer", e sim "determinar-se a escolher". Segundo Sartre, o êxito das atitudes libertárias não importa nem um pouco à liberdade. Um prisioneiro não é livre para sair da sua prisão (ou do seu casamento...) quando bem lhe aprouver. Também não é livre para desejar sua própria libertação — pois as amarras sociais nele incorporadas o impedem — mas é completamente livre para tentar escapar. Quem percebe esse detalhe, escapa.
Quando leio Sartre, respeitando sua literatura e sua ética, e entendendo a sua filosofia, eu me descubro existencialista. E concluo que não devo abdicar da minha liberdade, jamais. Quem abdica da sua liberdade, comete dupla traição: deixa de ser fiel ao seu destino — ao seu projeto de vida — e deixa também de ser fiel à própria origem. Quem despreza a Liberdade é um traidor. Mas "ser livre" não significa "obter sempre o que se quer", e sim "determinar-se a escolher". Segundo Sartre, o êxito das atitudes libertárias não importa nem um pouco à liberdade. Um prisioneiro não é livre para sair da sua prisão (ou do seu casamento...) quando bem lhe aprouver. Também não é livre para desejar sua própria libertação — pois as amarras sociais nele incorporadas o impedem — mas é completamente livre para tentar escapar. Quem percebe esse detalhe, escapa.
Edson Marques
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